Ressonância Magnética: como o exame auxilia no diagnóstico da Doença de Parkinson?
Nesta segunda-feira, 11 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, a segunda patologia neurodegenerativa de maior incidência entre os indivíduos, atrás apenas do Mal de Alzheimer.
O Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva, do Sistema Nervoso Central, acarretada pela redução intensa da produção de dopamina, neurotransmissor que auxilia na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. A queda dos níveis de dopamina, sobretudo na substância negra da região encefálica, leva o indivíduo a perder seu controle motor.
A alteração manifesta-se por meio de sinais e sintomas neurológicos característicos, que engloba um conjunto denominado Síndrome Parkinsoniana. Diferentes doenças e causas podem estar relacionadas à síndrome, sendo a principal a própria Doença de Parkinson, identificada em 70% dos casos. Os demais estão associados a enfermidades ou condições clínicas com sintomas semelhantes, mas com a presença de outras características. Isso significa dizer que, ao nos referirmos ao Parkinsonianismo, não nos limitamos à Doença de Parkinson, mas à uma série de enfermidades com sintomas parecidos.
Causas
O envelhecimento traz consigo a morte progressiva das células nervosas produtoras de dopamina. Em alguns indivíduos, essa perda ocorre em ritmo ainda mais acelerado, o que leva à manifestação dos sintomas. Para o desencadeamento da doença, mais de um fator pode estar envolvido, entre eles, o genético e o ambiental.
Sintomas
Entre os principais sintomas da Doença de Parkinson, encontram-se: lentidão motora, rigidez nas articulações, tremores – em especial, nos membros superiores, em apenas um lado ou nos dois -, desequilíbrio, e corpo inclinado para a frente. Além do comprometimento motor, também destacam-se como sintomas alterações no olfato, no intestino e no sono.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença de Parkinson é feito a partir de exame clínico, baseado nos sinais e sintomas descritos pelo paciente. Para isso, deve-se procurar um profissional habilitado ao caso: o neurologista.
Além disso, outros exames complementares são de fundamental importância para a confirmação ou exclusão da hipótese da doença ou, ainda, identificação de outros diagnósticos diferenciais. Entre os indicados, estão os exames de imagem, como Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética. A neurorradiologista Luana Barros (CRM-AL: 5649/RQE: 3143), coordenadora científica da Residência Médica da Angioneura, explica:
“A Ressonância Magnética, embora não faça o diagnóstico da Doença de Parkinson, é fundamental para auxiliar no processo de exclusão de outras patologias que podem mimetizar os sintomas da doença. Há doenças neurodegenerativas, tumores e eventos isquêmicos na núcleo da base, por exemplo, que simulam o Parkinson, mas não são. Ou seja, compõem a síndrome parkinsoniana, mas não tratam-se da doença propriamente dita”, destacou a médica.
Tratamento
A doença de Parkinson, apesar de não ter cura, é tratável e, geralmente, seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações existentes – todas elas devem ser administradas permanentemente e possuem ação sintomática, ou seja, voltadas a minimizar os impactos dos sintomas.